A ABVAQ está desfalcada em seu quadro de juízes com o prematuro desaparecimento de seu colaborador, que muito fez pelo engrandecimento de nosso esporte, sendo ele o primeiro a arrebanhar pessoas no estado da Bahia para o movimento em favor da vaquejada que reuniu uma multidão em Brasília, em outubro de 2016.
A morte de Carlinhos pegou todos de surpresa e só resta tentar confortar a família e conservar a memória daquele que fez uma multidão de amigos na vaquejada e deixou um grande legado. Foi vaqueiro destemido e fez história em bons cavalos correndo para importantes patrões fazendeiros da época. Deixou na estante uma coleção de troféus e muitos serviços prestados.
O baiano de Santa Brígida se impôs como juiz e foi respeitado pelas suas posições. Ao mesmo tempo em que julgava com seriedade, também sabia respeitar os competidores dos quais recebia elogios, mesmo depois de dar um zero. Ele foi exemplo e ficará guardado na memoria da antiga e da nova geração.
Carlinhos começou a trabalhar aos 13 anos como tratador de cavalos do fazendeiro Genivaldo Galdino, que logo o incorporou ao grupo de vaquejada e com pouco tempo o menino já era um vaqueiro afamado. Na trajetória de vaqueiro ganhou diversos prêmios competindo Brasil a fora e quando resolveu parar de correr não arredou o pé do esporte que aprendeu a amar desde a infância e assumiu a função de Juiz de prova.
Assim foi Carlinhos Medeiros, um vaqueiro que se tornou juiz e fez de sua vida uma batalha e fazendo de tudo um tudo para manter a família e proporcionar educação e conforto a esposa e seus dois filhos, que moram em Serrinha-BA. “Espero que Deus me dê muitos anos de vida para continuar atuando e fazendo amigos neste esporte cultural que eu tanto amo.” Declarou Carlinhos ao ser diagnosticado com um problema de coração. Infelizmente, se foi antes de completar os 50 anos. Fica aqui a homenagem de todos os que fazem a ABVAQ e a Vaquejada.